quarta-feira, 20 de maio de 2009

África do Sul.

A África do Sul, como o próprio nome indica, é o país mais meridional de África, ocupando toda a ponta sul do continente entre o oceano Atlântico e o oceano Índico. Limita-se.':



- A norte: Namíbia, Botsuana e Zimbabwe.



- A leste: Moçambique e Suazilândia.





ÁFRICA DO SUL.:





ASPECTOS FÍSICOS.:

- Clima: O clima na África do Sul em geral é semi-árido, subtropical na costa oriental dias solarengos e noites frescas. O Trópico de Capricórnio atravessa a Província do Limpopo. O ponto mais meridional de África é o cabo das Agulhas na província do Cabo Ocidental. No país há secas prolongadas.



- Relevo: O relevo sul-africano é marcado predominantemente pela cadeia montanhosa Drakensberg que, com picos que excedem 3.000 metros, provoca, juntamente com as correntes oceânicas, uma grande variação no clima, que vai desde o temperado até o desértico, passando, inclusive, pelo tropical em algumas regiões, surpreendendo, assim, os visitantes, que esperam sempre encontrar temperaturas escaldantes!



- Hidrografia: O continente africano tem alguns dos rios mais extensos e volumosos do mundo, como o Rio Nilo com mais de 6500 km de extensão (o primeiro ou o segundo maior do mundo consoante o critério), o Níger, o Congo (ou Zaire), o Zambeze, o Limpopo, o Orange, entre outros. A África conta ainda com grandes lagos: o Lago Vitória, o Lago Alberto ou o Lago Niassa são dos mais extensos e conhecidos.



- Vegetação: Ao norte e ao sul da selva equatorial, estendem-se as savanas, com sua vegetação herbácea e árvores de grande porte, como o baobá. Nos desertos, a cobertura vegetal é escassa, exceto nos oásis, onde crescem palmeiras. Nas zonas temperadas há bosques baixos de pinheiros e carvalhos e vegetação de arbustos (maquis).



ASPECTOS DEMOGRÁFICOS.:


- A taxa de natalidade é de 18,87%

-A taxa de mortalidade é de 18,42%

-Índice do Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0,684



ASPECTOS ECONÔMICOS.:


-A África do Sul tem uma economia de mercado que se baseia nos serviços, na indústria, na exploração mineradora e na agricultura. É a nação mais rica e industrializada do continente africano.
As principais riquezas do país encontram-se sobretudo nos recursos minerais, como o carvão, o cobre, o manganês, o ouro, a cromita, o urânio, o ferro e os diamantes. No entanto, a exploração de minérios é liderada pela extracção do ouro.

-Em nível agrícola, a terra cultivada representa 1/10 da área total do país, que assim se constitui em grande exportador de produtos alimentares.

-Os principais parceiros comerciais da África do Sul são os Estados Unidos da América, a Itália, o Japão, a Alemanha, a Holanda, o Brasil e o Reino Unido.
A África do Sul apresenta o safari pela savana africana como um dos seus principais destinos, mas outros atrativos como parques nacionais, turismo de negócios e veraneio no litoral (ex. Cidade do Cabo, Durban, Port Elizabeth, entre outros), complementam a oferta de destinos do setor turístico



ASPECTOS POLÍTICOS.:


-O governo sul-africano funciona segundo um sistema parlamentar, se bem que o Presidente da África do Sul seja ao mesmo tempo chefe de estado e chefe de governo. O presidente é eleito numa sessão conjunta do parlamento• bicameral, que consiste de uma Assembléia Nacional (National Assembly), ou câmara baixa, e um Conselho Nacional de Províncias (National Council of Provinces, NCoP), ou câmara alta.

-A Assembléia Nacional tem 400 membros, eleitos em representação proporcional. O Conselho Nacional de Províncias, que substituiu o senado em 1997, é composto por 90 membros representando cada uma das nove províncias da África do Sul, além das grandes cidades.
Cada província da África do Sul tem uma Legislatura Provincial unicameral e um Conselho Executivo liderado por um "primeiro-ministro" (premier).

-Personalidades importantes na política:
•Shaka Zulu, soberano na nação zulú.
•Nelson Mandela, líder revolucionário e primeiro presidente negro.
•Frederik De Klerk, Presidente sudafricano que libertou Mandela e acabou com a Apartheid.
•Desmond Tutu, clérigo e pacifista (Prémio Nobel da Paz em 1984).



ASPECTOS CULTURAIS.:


- Não existe uma única cultura da África do Sul devido à diversidade étnica do país, e cada grupo racial tem a sua própria identidade cultural. Isto pode ser apreciado nas diferenças na alimentação, na música e na dança entre os vários grupos. Há, no entanto, alguns traços unificadores.

- A minoria branca tem um estilo de vida que é em muitos aspectos semelhante aos estilos de vida da Europa Ocidental, América do Norte e Australásia. A inimizade histórica entre os brancos de língua afrikaans e de língua inglesa deu lugar a gracejos puramente amigáveis.

- Apesar de terem sofrido muita descriminação durante o apartheid, os mulatos tendem a relacionar-se mais com a cultura branca sul-africana do que com a negra, em particular a comunidade de língua afrikaans, cuja língua e crenças religiosas são semelhantes ou idênticas às dos bôeres brancos. Uma pequena minoria de "mulatos", conhecidos como malaios do Cabo, são muçulmanos.

- Os asiáticos, predominantemente de origem indiana, preservam a sua própria herança cultural, línguas e crenças religiosas, professando ou o hinduísmo ou o islão sunita, e falando inglês, com línguas indianas como o Telugu ou o Gujarati a ser faladas com menos frequência. Existe uma comunidade chinesa bastante mais pequena, se bem que o seu número tenha vindo a crescer devido á imigração de Taiwan.



ASPECTOS HISTÓRICOS.:


- Os primeiros navegadores europeus, portugueses principalmente, chegaram à África do Sul no século XV. Diogo Cão alcançou a costa sul-africana em 1485 e em 1488 foi a vez de Bartolomeu Dias.

- No século XVII inicia-se a ocupação permanente da região do Cabo da Boa Esperança pelos holandeses. Em 1909, a união das colónias britânicas de Cabo, Natal, Transval e Orange River origina a nação da África do Sul.

- De 1948 a 1993/1994, a estrutura política e social é baseada no apartheid, o sistema legalizado de discriminação racil que manteve o domínio da minoria branca nos campos político, económico e social.

- Em 1983, é adotada uma nova constituição que garante uma política de direitos limitados às minorias asiáticas, mas continua a excluir os negros do exercício dos direitos políticos e civis. A maioria negra, portanto, não tem direito de voto nem representação parlamentar. O partido branco dominante, durante a era do apartheid, é o Partido Nacional, enquanto a principal organização política negra é o Congresso Nacional Africano (ANC), que durante quase 50 anos foi considerado ilegal.

- Mais tarde, em 1990, sob a liderança do presidente F. W. de Klerk, o governo sul-africano começa a desmantelar o sistema do apartheid, libertando Nelson Mandela, líder do ANC, e aceitando legalizar esta organização, bem como outras antiapartheid.
Os passos seguintes no sentido da união nacional são dados em 1991. A abertura das negociações entre os representantes de todas as comunidades, com o objetivo de elaborar uma Constituição democrática, marca o fim de uma época na África do Sul.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Áustria

A Áustria é um país montanhoso localizado na Europa Central, limitado:


-A norte: pela Alemanha, República Checa;

-A leste: pela Eslováquia e Hungria;

-A sul: pela Eslovénia e Itália;

-A oeste: pela Suíça e Liechtenstein e Alemanha;



ÁUSTRIA:


ASPECTOS DEMOGRÁFICOS:

•Taxa de Natalidade;
As taxas de natalidade é de 9,76%o; o crescimento demográfico resulta da chegada de imigrantes.

•Taxa de mortalidade;
As taxas de mortalidade é de 8,74%. A esperança média de vida é de 79,07 anos.


ASPECTOS FÍSICOS.:

-Clima: A Áustria está localizada numa zona de clima temperado influenciado pelo Atlântico, com três regiões climáticas diferentes: no Leste, o clima é continental, com pouca precipitação, verões quentes e invernos moderadamente frios; nas regiões alpinas, regista-se elevada precipitação, com verões curtos e invernos longos; no resto do país, o tempo é mais influenciado pelo Atlântico a Oeste e mais continental a Sueste.



-Vegetação: A Áustria oferece uma ampla amostra de vegetação e de fauna. O contraste entre a zona alpina e os vales do Danúbio resulta formoso.



-Relevo: Cerca de 70% da superfície da Áustria é ocupada pela cordilheira dos Alpes, que ali alcança a altitude máxima na parte ocidental. É constituída por duas escarpadas cadeias calcárias, os pré-Alpes setentrionais e meridionais, que contornam um maciço cristalino de componentes mais brandos.



-Hidrografia: O lago de Constança é um lago atravessado pelo rio Reno e situado na fronteira da com a Áustria e a Suíça.O lago de Neusiedl , também conhecido como lago de Fert é o segundo maior lago de estepe na Europa Central e está localizado na fronteira entre Áustria e Hungria. A extensão do lago é de 315 km², dos quais 240 km² estão localizados no território austríaco e 75 km² no território húngaro.
ASPECTOS POLÍTICOS:
-A Áustria é uma república parlamentarista. A Áustria é formada por nove estados federados. O Chefe de Estado é o Presidente da República, eleito por voto popular direto para um período de seis anos. O chefe de Governo é o chanceler, que dirige o Conselho de Ministros, todos responsáveis diante do Parlamento.
O poder legislativo é exercido pelo parlamento e está dividido em duas câmaras: O Senado e A Câmara dos Deputados.
ASPECTOS ECONÔMICOS:
- A Áustria é um dos 10 países mais ricos do mundo em termos de PIB per capita.
Tem uma economia social de mercado bem desenvolvida e um altíssimo padrão de vida. Até a década de 1980, muitas empresas foram estatizadas. Nos últimos anos, entretanto, a privatização diminuiu a participação estatal a um nível comparável a de outras economias europeias. Junto a uma indústria altamente desenvolvida, o turismo internacional é a parte mais importante da economia austríaca. O PIB em 2007 foi de US$ 270 bilhões.
ASPECTOS CULTURAIS.:
- A Áustria foi a terra natal de vários homens e mulheres de cultura, arte, ciência e desporto. Viena, a capital, é desde o século XVIII um dos mais importantes centros culturais europeus e mundiais.
- A Austria, tal como vários países, dispõem de uma vasta tradição popular. Uma das que mais se destaca é o folclore tirolês. Tal como o seu nome indica, tem origem na província de Tirol junto aos Alpes. A região sofreu influências de vários povos que hoje formam este povo. A antiga Gália Cisalpina dos Celtas que foi incorporada ao Império Romano em 201 a.C.; com as invasões germânicas entre os primeiros séculos depois da vinda de Cristo, esta região recebeu os povos vindos do Norte da Europa. Todas estas influências culturais mais as que foram acrescentadas com o passar dos anos até hoje, deu origem ao folclore regional tirolês caracterizado pelo uso, por parte do sexo masculino, de coletes de cores vivas, geralmente o vermelho, um cinto austríaco, um chapéu com uma pena e meias de linho. Na parte musical, temos o acordeão, clarinete e trompete como instrumentos principais. Actualmente existem vários grupos que tem na sua variante musical o tirolês como o grupo Zellberg Buam, Maria & Margot Hellwig, Hansi Hinterseer entre outros.
ASPECTOS HISTÓRICOS.:
- Na pré-história, a terra da Europa Central atualmente correspondente à Áustria foi ocupada antes da romanização por diversas tribos celtas. Foi habitada inicialmente por ilírios, aos quais posteriormente se juntariam os celtas provenientes do norte. O reino celta de Noricum foi reivindicado pelo Império Romano como província. Do ano 15 a. C. em diante, tornou-se uma província do Império Romano.
Na queda do Império (século IV), povos bárbaros incluindo hunos, godos, lombardos e vândalos cruzaram a fronteira em diversas ocasiões. Depois da queda do Império Romano, a região foi invadida por bávaros, eslavos e ávaros.
- Durante o período das grandes migrações, os eslavos se transferiram para os Alpes quando teve início a expansão dos ávaros no século VII, misturando-se com a população celto-românica, e estabeleceram o reino da Caríntia, que incluía grande parte do atual território austríaco oriental e central. Enquanto isso, a tribo gerânica dos bávaros ocupara o oeste da região durante os séculox V e VI, assim como na Baviera. Estes grupos se misturaram com a população retorromana.
- Sob a pressão dos ávaros, a Caríntia perdeu sua independência para a Baviera em 745 e se tornou um margraviato. Durante os séculos seguintes, os assentamentos bávaros cruzaram a região que vai desde o Danúbio até a região dos Alpes, processo pleo qual a Áustria se tornou um país de fala alemã até os dias atuais.

México

O México ou Estados Unidos do México é um país localizado na América do Norte que limita fronteira:
-Ao norte: com os Estados Unidos ;

-A leste: com o Golfo do México;

-A oeste: com o oceano Pacífico
-Ao sul: com a Guatemala e Belize.



MÉXICO:

ASPECTOS FÍSICOS:


Relevo: O território mexicano é predominante montanhoso. Entre cadeias montanhosas encontra-se uma região de planaltos. Existe também uma planície costeira e o deserto de Sonora. Ponto culminante do país: pico de Orizaba com 5.452 m.


Clima: O clima tropical está na maior parte, mas também há o árido tropical, de montanhas.


Hidrografia: O México não conta com grandes rios navegáveis. O rio mais importante do país é o Grande do Norte. As principais bacias do México são: bacia do Atlântico, a do Pacífico e os bolsões do planalto, que são bacias interiores desprovidas de drenagem organizada.


Vegetação: Ao sul encontram-se florestas exuberantes, com árvores valiosas como o magno e o cedro vermelho. Ao norte a cobertura vegetal vai se reduzindo, se tornando desértica nas planícies de Sonora, onde ainda há cactos e plantas gramíneas (vegetação chapanal).

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

O México é o mais populoso país de Língua espanhola do mundo e o segundo mais populoso país da América Latina, depois do Brasil. Cerca de 60% da população é de etnicidade mestiça (os mestizos), 15% são ameríndios e 25% de origem europeia.
O país é predominantemente católico romano (89%), com 6% de adesão a várias fés protestantes e os restantes 5% ou a aderir a religiões mais pequenas ou sem religião.

ASPECTOS POLÍTICO

A constituição mexicana de 1917 criou uma república federal presidencialista com separação de poderes entre ramos excutivo, legislativo e judicial.

O presidente é eleito por sufrágio universal para mandatos de 6 anos e não pode voltar a exercer o cargo. Não existe vice-presidente; no caso de demissão ou de morte do presidente, um presidente provisório é eleito pelo Congresso.

O Congresso Nacional é bicameral e composto por um Senado(Cámara de Senadores) e uma Camâra de Deputados. A reeleição consecutiva é proibida. Os senadores são eleitos para mandatos de 6 anos, e os deputados servem durante 3 anos. Os ocupantes dos 128 lugares do Senado são escolhidos através de uma mistura de eleição directa e de representação nacional. Na Câmara (baixa) dos Deputados, 300 dos 500 deputados são eleitos directamente em círculos uninominais, e os restantes 200 lugares são eleitos através de uma forma modificada de representação proporcional com base em cinco regiões eleitorais. Estes 200 lugares foram criados para ajudar os partidos mais pequenos a ter acesso ao parlamento.


ASPECTOS ECONÔMICOS

O México possui uma das maiores economias da América Latina e a 12ª maior economia mundial (quando utilizando PIB PPC), possuindo um PNB de US$1.346,009 bilhões.
A economia do México baseia-se no comércio, na indústria, na agricultura e na exploração mineral. As culturas dominantes são a cana-de-açúcar, o milho, o trigo, o sorgo, a laranja, a banana. A expansão da agricultura e a criação de gado (30 milhões de cabeças de gado bovino) tiveram um enorme impacto sobre as áreas de floresta que, no período de 1981-90, desapareceram à razão de 6,8% em cada ano.

Por constituir o NAFTA (acordo de livre comércio da América do Norte) sua produção industrial é voltada para o mercado dos EUA. As principais regiões industriais estão no centro-sul. Em Monterrey a indústria siderúrgica e montadoras de automóveis se destacam. Já ao norte, fronteira com os EUA, foram instaladas INDÚSTRIAS MAQUILADORAS, de montagem de equipamentos eletrónicos, que usam mão-de-obra mexicana barata, para reduzir custos de produção e manter a competividade de seus produtos no mercado mundial.


ASPECTOS CULTURAIS



A cultura do México reflete a complexidade da história mexicana, resultante da mistura das civilizações pré-hispânicas da Mesoamérica com a cultura de Espanha, transmitida durante os 300 anos de colonização espanhola do México. São ainda sentidas na cultura mexicana influências dos Estados Unidos da América e, em menor grau, da Europa, África e Ásia.

Artes plásticas
As artes plásticas do México contam com a enorme riqueza herdada das antigas civilizações indígenas. Apesar da destruição sistemática do seu patrimônio artístico, monumentos e símbolos pré-colombianos efetuados nos tempos da colônia, os sítios arqueológicos pesquisados e por pesquisar são muitos e de grande interesse.
A atividade arquitetônica, sobretudo de edifícios religiosos,foi intensa a partir da conquista do território pelos espanhóis. A arte colonial é fruto não só do traslado das formas plásticas européias para outro continente, mas também de sua adaptação à mentalidade e às tradições profundas de suas terras de adoção.
O barroco mexicano do século XVIII, muito bem caracterizado, levou ao extremo a decoração deslumbrante de fachadas e interiores. Escultura, pintura e ourivesaria foram postas a serviço dessa arte que tanto se arraigou em terras mexicanas.

Cinema
A história do Cinema do México começa no início do século XX, quando vários entusiastas do novo meio documentaram acontecimentos históricos — em especial a revolução mexicana — e produziram alguns filmes que só recentemente foram redescobertos.
Durante os anos 20, foram produzidos muito poucos filmes, em grande parte devido à grande instabilidade do clima político.
Nos anos 30, depois de chegar a paz e alguma estabilidade política, a cinematografia mexicana arrancou de vez, e foram feitos vários filmes que ainda experimentavam o novo meio. É importante notar o modo como os primeiros cineastas mexicanos foram influenciados e encorajados pela visita que Serguei M. Eisenstein fez ao país.
Durante os anos 40, desenvolveu-se todo o potencial da indústria. Atores, atrizes e realizadores tornaram-se ícones populares e mesmo figuras com influência política em várias esferas da vida mexicana. A indústria mexicana recebeu um empurrão em consequência da reorientação dos esforços de Hollywood para filmes de propaganda, que deixou um espaço aberto para ser ocupado por outras indústrias. O México dominou o mercado cinematográfico da América Latina durante a maior parte dos anos 40, sem a competição da indústria norte-americana.
É esta época que recebeu o nome de anos de ouro do cinema mexicano. Atores como Pedro Infante, Jorge Negrete, Cantinflas, Joaquín Pardave, María Félix, e Dolores del Río ganharam popularidade. Gabriel Figueroa tornou-se um realizador aclamado internacionalmente, e Emilio Fernández e Luis Buñuel realizaram alguns dos filmes mais importantes do México.
Os temas dos filmes desses anos, embora na maior parte apresentados no formato de dramas ou comédias convencionais, tocaram todos os aspectos da sociedade mexicana, desde o ditador do século XIX, Porfirio Díaz e a sua corte, até histórias de amor, sempre manchadas pelo drama.

Gastronomia
A gastronomia mexicana, em termos de variedade de sabores e texturas, é uma das mais ricas do mundo, embora seja por vezes caracterizada por algumas pessoas como gordurosa e condimentada. É uma culinária rica em proteínas, vitaminas e minerais.
Muita da culinária mexicana atual tem origem em várias misturas de tradições, ingredientes e criatividade. A maior parte tem base nativa americana, com misturas indígenas e um toque espanhol. Por exemplo, a famosa quesadilla é uma tortilla com base em milho e queijo e com carne de vaca, galinha e/ou porco. A parte indígena disto e de muitos outros pratos tradicionais é o chili, ou seja as pimentas e pimentões.

Música
A música do México encontra suas raízes na música folclórica como o mariachi e o Jarana. Atualmente, grupos como Molotov adquiriram notoriedade internacional dentro do que se chama de música popular. Neste cenário encontra-se também a banda pop RBD e cantoras como Thalía e Paulina Rubio. Outros grupos, como Café Tacuba e Maná fazem parte do cenário rock da música mexicana. Também é mexicano o guitarrista Carlos Santana, cuja carreira iniciou-se nos anos 60 e a fama adquirida o levou a tocar no famoso festival de Woodstock.

Literatura
A literatura mexicana tem um importante lugar na cultura e na história do México.
No período pré-colombiano, o escritor mexicano mais conhecido foi o rei-poeta Nezahualcoyotl.
Durante o período colonial duas figuras sobressairam: Soror Juana Inés de la Cruz (1651–1695), uma freira que escreveu muitos poemas e ganhou fama pela sua defesa dos direitos das mulheres, e o dramaturgo Juan Ruiz de Alarcón.
Durante a Revolução Mexicana o mais famoso escritor foi Mariano Azuela.
Nas últimas décadas vários escritores mexicanos têm ganhado popularidade no México e fora do país. Entre eles, Octavio Paz, Salvador Elizondo e Carlos Fuentes.
No Norte do México tem crescido uma literatura própria, sobre os conflitos na fronteira com os Estados Unidos e a delinqüência. Luis Humberto Crosthwaite é um destes escritores.


ASPECTOS HISTÓRICOS

A civilização maia
Contemporânea da grandeza de Teotihuacan foi a grandeza da civilização maia. No período entre 250 e 650 assistiu-se a várias conquistas civilizacionais dos maias. Apesar de as muitas cidades-estado maias nunca terem atingido uma união política da mesma ordem de grandeza da conseguida pelas civilizações do México central, elas exerceram uma tremenda influência intelectual sobre o México e América Central. Algumas das cidades mais elaboradas do continente foram construídas pelos maias, com inovações nos campos da matemática, astronomia e escrita que viriam a constituir o ponto mais alto dos feitos científicos do México antigo.

A civilização tolteca
Tal como Teotihuacan, também a civilização tolteca emergiu de um vazio de poder, tendo tomado as rédeas do poder político no México a partir do ano 700. Muitos dos povos toltecas eram oriundos dos desertos do norte, muitas vezes designados por chichimecas na língua nahuatl. Estes povos fundiram a sua orgulhosa cultura do deserto com a poderosa cultura civilizada de Teotihuacan. Esta nova cultura daria origem a um novo império no México. O império tolteca estender-se-ia até à América Central, a sul e a norte até à cultura anasazi, no sudoeste dos Estados Unidos da América. Os toltecas estabeleceram uma próspera rota de comércio de turquesa com a civilização setentrional de Pueblo Bonito, no que hoje é o Novo México. Os comerciantes toltecas trocavam penas de aves apreciadas com Pueblo Bonito, enquanto faziam circular pelos seus vizinhos mais próximos todos os melhores produtos que o México podia oferecer. Na cidade maia de Chichén Itzá, a civilização tolteca expandiu-se e os maias foram mais uma vez fortemente influenciados pelos povos do centro do México. O sistema político dos toltecas era tão influente, que todas as importantes dinastias maias reclamariam mais tarde ter ascendência tolteca. De facto, seria esta apreciada linhagem tolteca a preparar o caminho para a última grande civilização indígena do México.

A civilização asteca
Com o declínio da civilização tolteca ocorreu a fragmentação política no Vale do México. Neste novo jogo político de sucessão ao trono tolteca apareceram os mexica. Tratavam-se, também eles, de um orgulhoso povo do deserto, um de entre sete grupos que antes se auto-denominavam asteca, tendo mudado o seu nome após anos de migração. Uma vez que não eram originários do Vale do México, foram inicialmente vistos como rudes e pouco refinados perante os olhos da civilização Nahua. Através de astuciosas manobras políticas e ferozes capacidades de luta, conseguiram um verdadeiro feito: tornaram-se governantes do México liderando a Tripla Aliança(que incluía duas outras cidades astecas, Texcoco e Tlacopan).
Em 1400 os mexicas governavam grande parte do México central (enquanto os yaquis, coras e apaches controlavam áreas consideráveis dos desertos do norte), tendo subjugado a maioria dos outros estados regionais na década de 1470. No seu auge, 100 000 mexica presidiam a um rico império que contava com cerca de 10 milhões de pessoas (quase metade dos 24 milhões que então habitavam o México). O nome moderno México tem a sua origem no nome do grupo dominante da Tripla Aliança Asteca, os Mexicas.
O termo asteca não é um nome, sendo uma invenção de um inglês (Lord Kinsborough) e de um euro-americano de nome William Prescott. Os verdadeiros nomes utilizados pelos indígenas eram nahua ou mexica. Nem mesmo os espanhóis lhes chamavam astecas. (Ainda que asteca não fosse usado pelos mexicas, é derivado da sua língua, o nahuatl, referindo-se à sua terra natal no norte, Aztlan).
Entre os mexicas (um dos grupos astecas), a educação era obrigatória para os homens, independentemente da sua classe social. Existiam dois tipos de escolas: as telpochcalli (para estudos práticos e miltares) e as calmecac (para estudos avançados de escrita, astronomia, estadismo, teologia, etc). ra A sua capital, Tenochtitlan, estava situada na zona da moderna Cidade do México. Em 1519 a capital dos mexicas era a maior cidade da América com uma população que rondava os 100 000 habitantes (em jeito de comparação, em 1519 Londres tinha 80 000 habitantes e Paris tinha 250 000).
Os mexicas deixaram uma marca profunda e duradoura na cultura mexicana perceptível ainda hoje. Muito do que é considerado como cultura mexicana deriva desta civilização mexica: topónimos, gastronomia, arte, vestuário, simbologia e mesmo a identidade mexicana que a ela foi buscar o nome.
Durante grande parte da sua história, a maioria da população mexicana teve um modo de vida urbano: cidades, vilas e aldeias. Apenas uma fracção da população era tribal e nómada. A maioria das pessoas vivia em povoamentos permanentes, baseados na agricultura e identificados com uma cultura urbana, em oposição a uma cultura tribal. O México é desde há muito uma terra urbana, facto graficamente reflectido nos escritos dos espanhóis que os encontraram.

Conquista espanhola
Em 1519, as civilizações nativas do México foram invadidas pela Espanha, e dois anos mais tarde em 1521, a capital dos astecas, Tenochtitlan, foi conquistada por uma aliança entre espanhóis e tlaxcaltecas (os inimigos principais dos astecas). Francisco Hernandez de Córdoba, descobridor do Iucatão, explorou as costa do sul do México em 1517, seguido por Juan de Grijalva em 1518. O mais importante dos conquistadores foi Hernan Cortés, que entrou no país em 1519, a partir de uma vila nativa costeira que ele rebaptizou de Puerto de la Villa Rica de Vera Cruz (hoje a cidade de Veracruz). Contrariamente ao que geralmente se pensa, a Espanha não conquistou a totalidade do México em 1521 e passariam ainda dois séculos antes que tal sucedesse, havendo durante esse período rebeliões, ataques e guerras continuadas por parte de outros povos nativos contra os espanhóis.
Os astecas, a potência dominante no país, acreditavam (de acordo com mitos antigos) na tradição do regresso de Quetzalcóatl num ano Ce-Acatl. O calendário Pré-Colombiano era dividido em ciclos ou períodos de 52 anos. Cada 52º ano era um ano Ce-Acatl sendo 1519 um desses anos. Os astecas acreditavam que os conquistadores espanhóis eram enviados dos deuses (de acordo com os estudiosos ortodoxos), tendo oferecido pouca resistência aos seus avanços. (Ironicamente, Cortés não menciona este episódio nas suas cartas ao Rei Carlos V de Espanha.)
Os estudiosos modernos começam a questionar esta forma de interpretar o que se passou. Reputados estudiosos dos astecas, como Ross Hassig da Universidade de Oklahoma, demonstraram que Quetzalcóatl era na realidade uma ordem religiosa de sacerdotes durante a anterior era tolteca. Esta ordem, sob tutela do seu líder Ce Acatl Topiltzin Quetzalcoatl é famosa pelo seu exílio na zona oriental do México (no que é hoje o Iucatão). Os astecas puderam ter pensado que os espanhóis eram possivelmente da linhagem da Ordem de Quetzalcoatl e como tal merecedores tratamento diplomático.
Para aumentar ainda mais a confusão sobre este assunto, existe o facto de a língua nahuatl dos astecas estar repleta de termos para humildade e polidez, especialmente para convidados. Os embaixadores estrangeiros eram sempre tratados com reverência e convidados para a capital Tenochtitlan, onde experimentavam todos os aspectos da alta diplomacia esperada entre nações. Acabariam por se opor aos espanhóis, depois de se ter tornado evidente que estes não pertenciam à linhagem dos sacerdotes de Quetzalcóatl e que tão pouco eram deuses.
Após uma importante batalha em 1519, na qual as forças espanholas foram derrotadas e obrigadas a bater em retirada, os espanhóis reagruparam-se fora do Vale do México. Passados oito meses estavam de regresso, tendo ao seu lado um contingente ainda maior de nativos seus aliados. Por esta altura a varíola, trazida pelos espanhóis, havia dizimado a população asteca, reduzindo drasticamente a capacidade de combate das forças astecas. A capital Tenochtitlan foi sitiada, tendo este facto conduzido à derrota total dos astecas em 1521. Apesar das suas armas de metal, cavalos, canhões e milhares aliados indígenas, os espanhóis levaram sete meses inteiros para conseguir a capitulação dos astecas. Tratou-se de um dos mais longos cercos continuados da história mundial.
Foram três os principais factores contribuintes para a vitória espanhola. Em primeiro lugar, os espanhóis possuíam tecnologia militar superior, incluindo armas de fogo, bestas, armas de ferro e aço e cavalos. Outros aliados dos espanhóis foram as várias doenças do Velho Mundo que haviam levado com eles (principalmente a varíola), para as quais os nativos não tinham qualquer imunidade e que acabariam por tornar-se pandémicas, dizimando uma grande parte da população nativa. Por último, os espanhóis conseguiram fazer seus aliados vários povos sob o domínio do Império Asteca que viam os espanhóis como o meio de se libertarem do poder asteca, destacando-se de entre eles os tlaxcaltecas.