segunda-feira, 18 de maio de 2009

México

O México ou Estados Unidos do México é um país localizado na América do Norte que limita fronteira:
-Ao norte: com os Estados Unidos ;

-A leste: com o Golfo do México;

-A oeste: com o oceano Pacífico
-Ao sul: com a Guatemala e Belize.



MÉXICO:

ASPECTOS FÍSICOS:


Relevo: O território mexicano é predominante montanhoso. Entre cadeias montanhosas encontra-se uma região de planaltos. Existe também uma planície costeira e o deserto de Sonora. Ponto culminante do país: pico de Orizaba com 5.452 m.


Clima: O clima tropical está na maior parte, mas também há o árido tropical, de montanhas.


Hidrografia: O México não conta com grandes rios navegáveis. O rio mais importante do país é o Grande do Norte. As principais bacias do México são: bacia do Atlântico, a do Pacífico e os bolsões do planalto, que são bacias interiores desprovidas de drenagem organizada.


Vegetação: Ao sul encontram-se florestas exuberantes, com árvores valiosas como o magno e o cedro vermelho. Ao norte a cobertura vegetal vai se reduzindo, se tornando desértica nas planícies de Sonora, onde ainda há cactos e plantas gramíneas (vegetação chapanal).

ASPECTOS DEMOGRÁFICOS

O México é o mais populoso país de Língua espanhola do mundo e o segundo mais populoso país da América Latina, depois do Brasil. Cerca de 60% da população é de etnicidade mestiça (os mestizos), 15% são ameríndios e 25% de origem europeia.
O país é predominantemente católico romano (89%), com 6% de adesão a várias fés protestantes e os restantes 5% ou a aderir a religiões mais pequenas ou sem religião.

ASPECTOS POLÍTICO

A constituição mexicana de 1917 criou uma república federal presidencialista com separação de poderes entre ramos excutivo, legislativo e judicial.

O presidente é eleito por sufrágio universal para mandatos de 6 anos e não pode voltar a exercer o cargo. Não existe vice-presidente; no caso de demissão ou de morte do presidente, um presidente provisório é eleito pelo Congresso.

O Congresso Nacional é bicameral e composto por um Senado(Cámara de Senadores) e uma Camâra de Deputados. A reeleição consecutiva é proibida. Os senadores são eleitos para mandatos de 6 anos, e os deputados servem durante 3 anos. Os ocupantes dos 128 lugares do Senado são escolhidos através de uma mistura de eleição directa e de representação nacional. Na Câmara (baixa) dos Deputados, 300 dos 500 deputados são eleitos directamente em círculos uninominais, e os restantes 200 lugares são eleitos através de uma forma modificada de representação proporcional com base em cinco regiões eleitorais. Estes 200 lugares foram criados para ajudar os partidos mais pequenos a ter acesso ao parlamento.


ASPECTOS ECONÔMICOS

O México possui uma das maiores economias da América Latina e a 12ª maior economia mundial (quando utilizando PIB PPC), possuindo um PNB de US$1.346,009 bilhões.
A economia do México baseia-se no comércio, na indústria, na agricultura e na exploração mineral. As culturas dominantes são a cana-de-açúcar, o milho, o trigo, o sorgo, a laranja, a banana. A expansão da agricultura e a criação de gado (30 milhões de cabeças de gado bovino) tiveram um enorme impacto sobre as áreas de floresta que, no período de 1981-90, desapareceram à razão de 6,8% em cada ano.

Por constituir o NAFTA (acordo de livre comércio da América do Norte) sua produção industrial é voltada para o mercado dos EUA. As principais regiões industriais estão no centro-sul. Em Monterrey a indústria siderúrgica e montadoras de automóveis se destacam. Já ao norte, fronteira com os EUA, foram instaladas INDÚSTRIAS MAQUILADORAS, de montagem de equipamentos eletrónicos, que usam mão-de-obra mexicana barata, para reduzir custos de produção e manter a competividade de seus produtos no mercado mundial.


ASPECTOS CULTURAIS



A cultura do México reflete a complexidade da história mexicana, resultante da mistura das civilizações pré-hispânicas da Mesoamérica com a cultura de Espanha, transmitida durante os 300 anos de colonização espanhola do México. São ainda sentidas na cultura mexicana influências dos Estados Unidos da América e, em menor grau, da Europa, África e Ásia.

Artes plásticas
As artes plásticas do México contam com a enorme riqueza herdada das antigas civilizações indígenas. Apesar da destruição sistemática do seu patrimônio artístico, monumentos e símbolos pré-colombianos efetuados nos tempos da colônia, os sítios arqueológicos pesquisados e por pesquisar são muitos e de grande interesse.
A atividade arquitetônica, sobretudo de edifícios religiosos,foi intensa a partir da conquista do território pelos espanhóis. A arte colonial é fruto não só do traslado das formas plásticas européias para outro continente, mas também de sua adaptação à mentalidade e às tradições profundas de suas terras de adoção.
O barroco mexicano do século XVIII, muito bem caracterizado, levou ao extremo a decoração deslumbrante de fachadas e interiores. Escultura, pintura e ourivesaria foram postas a serviço dessa arte que tanto se arraigou em terras mexicanas.

Cinema
A história do Cinema do México começa no início do século XX, quando vários entusiastas do novo meio documentaram acontecimentos históricos — em especial a revolução mexicana — e produziram alguns filmes que só recentemente foram redescobertos.
Durante os anos 20, foram produzidos muito poucos filmes, em grande parte devido à grande instabilidade do clima político.
Nos anos 30, depois de chegar a paz e alguma estabilidade política, a cinematografia mexicana arrancou de vez, e foram feitos vários filmes que ainda experimentavam o novo meio. É importante notar o modo como os primeiros cineastas mexicanos foram influenciados e encorajados pela visita que Serguei M. Eisenstein fez ao país.
Durante os anos 40, desenvolveu-se todo o potencial da indústria. Atores, atrizes e realizadores tornaram-se ícones populares e mesmo figuras com influência política em várias esferas da vida mexicana. A indústria mexicana recebeu um empurrão em consequência da reorientação dos esforços de Hollywood para filmes de propaganda, que deixou um espaço aberto para ser ocupado por outras indústrias. O México dominou o mercado cinematográfico da América Latina durante a maior parte dos anos 40, sem a competição da indústria norte-americana.
É esta época que recebeu o nome de anos de ouro do cinema mexicano. Atores como Pedro Infante, Jorge Negrete, Cantinflas, Joaquín Pardave, María Félix, e Dolores del Río ganharam popularidade. Gabriel Figueroa tornou-se um realizador aclamado internacionalmente, e Emilio Fernández e Luis Buñuel realizaram alguns dos filmes mais importantes do México.
Os temas dos filmes desses anos, embora na maior parte apresentados no formato de dramas ou comédias convencionais, tocaram todos os aspectos da sociedade mexicana, desde o ditador do século XIX, Porfirio Díaz e a sua corte, até histórias de amor, sempre manchadas pelo drama.

Gastronomia
A gastronomia mexicana, em termos de variedade de sabores e texturas, é uma das mais ricas do mundo, embora seja por vezes caracterizada por algumas pessoas como gordurosa e condimentada. É uma culinária rica em proteínas, vitaminas e minerais.
Muita da culinária mexicana atual tem origem em várias misturas de tradições, ingredientes e criatividade. A maior parte tem base nativa americana, com misturas indígenas e um toque espanhol. Por exemplo, a famosa quesadilla é uma tortilla com base em milho e queijo e com carne de vaca, galinha e/ou porco. A parte indígena disto e de muitos outros pratos tradicionais é o chili, ou seja as pimentas e pimentões.

Música
A música do México encontra suas raízes na música folclórica como o mariachi e o Jarana. Atualmente, grupos como Molotov adquiriram notoriedade internacional dentro do que se chama de música popular. Neste cenário encontra-se também a banda pop RBD e cantoras como Thalía e Paulina Rubio. Outros grupos, como Café Tacuba e Maná fazem parte do cenário rock da música mexicana. Também é mexicano o guitarrista Carlos Santana, cuja carreira iniciou-se nos anos 60 e a fama adquirida o levou a tocar no famoso festival de Woodstock.

Literatura
A literatura mexicana tem um importante lugar na cultura e na história do México.
No período pré-colombiano, o escritor mexicano mais conhecido foi o rei-poeta Nezahualcoyotl.
Durante o período colonial duas figuras sobressairam: Soror Juana Inés de la Cruz (1651–1695), uma freira que escreveu muitos poemas e ganhou fama pela sua defesa dos direitos das mulheres, e o dramaturgo Juan Ruiz de Alarcón.
Durante a Revolução Mexicana o mais famoso escritor foi Mariano Azuela.
Nas últimas décadas vários escritores mexicanos têm ganhado popularidade no México e fora do país. Entre eles, Octavio Paz, Salvador Elizondo e Carlos Fuentes.
No Norte do México tem crescido uma literatura própria, sobre os conflitos na fronteira com os Estados Unidos e a delinqüência. Luis Humberto Crosthwaite é um destes escritores.


ASPECTOS HISTÓRICOS

A civilização maia
Contemporânea da grandeza de Teotihuacan foi a grandeza da civilização maia. No período entre 250 e 650 assistiu-se a várias conquistas civilizacionais dos maias. Apesar de as muitas cidades-estado maias nunca terem atingido uma união política da mesma ordem de grandeza da conseguida pelas civilizações do México central, elas exerceram uma tremenda influência intelectual sobre o México e América Central. Algumas das cidades mais elaboradas do continente foram construídas pelos maias, com inovações nos campos da matemática, astronomia e escrita que viriam a constituir o ponto mais alto dos feitos científicos do México antigo.

A civilização tolteca
Tal como Teotihuacan, também a civilização tolteca emergiu de um vazio de poder, tendo tomado as rédeas do poder político no México a partir do ano 700. Muitos dos povos toltecas eram oriundos dos desertos do norte, muitas vezes designados por chichimecas na língua nahuatl. Estes povos fundiram a sua orgulhosa cultura do deserto com a poderosa cultura civilizada de Teotihuacan. Esta nova cultura daria origem a um novo império no México. O império tolteca estender-se-ia até à América Central, a sul e a norte até à cultura anasazi, no sudoeste dos Estados Unidos da América. Os toltecas estabeleceram uma próspera rota de comércio de turquesa com a civilização setentrional de Pueblo Bonito, no que hoje é o Novo México. Os comerciantes toltecas trocavam penas de aves apreciadas com Pueblo Bonito, enquanto faziam circular pelos seus vizinhos mais próximos todos os melhores produtos que o México podia oferecer. Na cidade maia de Chichén Itzá, a civilização tolteca expandiu-se e os maias foram mais uma vez fortemente influenciados pelos povos do centro do México. O sistema político dos toltecas era tão influente, que todas as importantes dinastias maias reclamariam mais tarde ter ascendência tolteca. De facto, seria esta apreciada linhagem tolteca a preparar o caminho para a última grande civilização indígena do México.

A civilização asteca
Com o declínio da civilização tolteca ocorreu a fragmentação política no Vale do México. Neste novo jogo político de sucessão ao trono tolteca apareceram os mexica. Tratavam-se, também eles, de um orgulhoso povo do deserto, um de entre sete grupos que antes se auto-denominavam asteca, tendo mudado o seu nome após anos de migração. Uma vez que não eram originários do Vale do México, foram inicialmente vistos como rudes e pouco refinados perante os olhos da civilização Nahua. Através de astuciosas manobras políticas e ferozes capacidades de luta, conseguiram um verdadeiro feito: tornaram-se governantes do México liderando a Tripla Aliança(que incluía duas outras cidades astecas, Texcoco e Tlacopan).
Em 1400 os mexicas governavam grande parte do México central (enquanto os yaquis, coras e apaches controlavam áreas consideráveis dos desertos do norte), tendo subjugado a maioria dos outros estados regionais na década de 1470. No seu auge, 100 000 mexica presidiam a um rico império que contava com cerca de 10 milhões de pessoas (quase metade dos 24 milhões que então habitavam o México). O nome moderno México tem a sua origem no nome do grupo dominante da Tripla Aliança Asteca, os Mexicas.
O termo asteca não é um nome, sendo uma invenção de um inglês (Lord Kinsborough) e de um euro-americano de nome William Prescott. Os verdadeiros nomes utilizados pelos indígenas eram nahua ou mexica. Nem mesmo os espanhóis lhes chamavam astecas. (Ainda que asteca não fosse usado pelos mexicas, é derivado da sua língua, o nahuatl, referindo-se à sua terra natal no norte, Aztlan).
Entre os mexicas (um dos grupos astecas), a educação era obrigatória para os homens, independentemente da sua classe social. Existiam dois tipos de escolas: as telpochcalli (para estudos práticos e miltares) e as calmecac (para estudos avançados de escrita, astronomia, estadismo, teologia, etc). ra A sua capital, Tenochtitlan, estava situada na zona da moderna Cidade do México. Em 1519 a capital dos mexicas era a maior cidade da América com uma população que rondava os 100 000 habitantes (em jeito de comparação, em 1519 Londres tinha 80 000 habitantes e Paris tinha 250 000).
Os mexicas deixaram uma marca profunda e duradoura na cultura mexicana perceptível ainda hoje. Muito do que é considerado como cultura mexicana deriva desta civilização mexica: topónimos, gastronomia, arte, vestuário, simbologia e mesmo a identidade mexicana que a ela foi buscar o nome.
Durante grande parte da sua história, a maioria da população mexicana teve um modo de vida urbano: cidades, vilas e aldeias. Apenas uma fracção da população era tribal e nómada. A maioria das pessoas vivia em povoamentos permanentes, baseados na agricultura e identificados com uma cultura urbana, em oposição a uma cultura tribal. O México é desde há muito uma terra urbana, facto graficamente reflectido nos escritos dos espanhóis que os encontraram.

Conquista espanhola
Em 1519, as civilizações nativas do México foram invadidas pela Espanha, e dois anos mais tarde em 1521, a capital dos astecas, Tenochtitlan, foi conquistada por uma aliança entre espanhóis e tlaxcaltecas (os inimigos principais dos astecas). Francisco Hernandez de Córdoba, descobridor do Iucatão, explorou as costa do sul do México em 1517, seguido por Juan de Grijalva em 1518. O mais importante dos conquistadores foi Hernan Cortés, que entrou no país em 1519, a partir de uma vila nativa costeira que ele rebaptizou de Puerto de la Villa Rica de Vera Cruz (hoje a cidade de Veracruz). Contrariamente ao que geralmente se pensa, a Espanha não conquistou a totalidade do México em 1521 e passariam ainda dois séculos antes que tal sucedesse, havendo durante esse período rebeliões, ataques e guerras continuadas por parte de outros povos nativos contra os espanhóis.
Os astecas, a potência dominante no país, acreditavam (de acordo com mitos antigos) na tradição do regresso de Quetzalcóatl num ano Ce-Acatl. O calendário Pré-Colombiano era dividido em ciclos ou períodos de 52 anos. Cada 52º ano era um ano Ce-Acatl sendo 1519 um desses anos. Os astecas acreditavam que os conquistadores espanhóis eram enviados dos deuses (de acordo com os estudiosos ortodoxos), tendo oferecido pouca resistência aos seus avanços. (Ironicamente, Cortés não menciona este episódio nas suas cartas ao Rei Carlos V de Espanha.)
Os estudiosos modernos começam a questionar esta forma de interpretar o que se passou. Reputados estudiosos dos astecas, como Ross Hassig da Universidade de Oklahoma, demonstraram que Quetzalcóatl era na realidade uma ordem religiosa de sacerdotes durante a anterior era tolteca. Esta ordem, sob tutela do seu líder Ce Acatl Topiltzin Quetzalcoatl é famosa pelo seu exílio na zona oriental do México (no que é hoje o Iucatão). Os astecas puderam ter pensado que os espanhóis eram possivelmente da linhagem da Ordem de Quetzalcoatl e como tal merecedores tratamento diplomático.
Para aumentar ainda mais a confusão sobre este assunto, existe o facto de a língua nahuatl dos astecas estar repleta de termos para humildade e polidez, especialmente para convidados. Os embaixadores estrangeiros eram sempre tratados com reverência e convidados para a capital Tenochtitlan, onde experimentavam todos os aspectos da alta diplomacia esperada entre nações. Acabariam por se opor aos espanhóis, depois de se ter tornado evidente que estes não pertenciam à linhagem dos sacerdotes de Quetzalcóatl e que tão pouco eram deuses.
Após uma importante batalha em 1519, na qual as forças espanholas foram derrotadas e obrigadas a bater em retirada, os espanhóis reagruparam-se fora do Vale do México. Passados oito meses estavam de regresso, tendo ao seu lado um contingente ainda maior de nativos seus aliados. Por esta altura a varíola, trazida pelos espanhóis, havia dizimado a população asteca, reduzindo drasticamente a capacidade de combate das forças astecas. A capital Tenochtitlan foi sitiada, tendo este facto conduzido à derrota total dos astecas em 1521. Apesar das suas armas de metal, cavalos, canhões e milhares aliados indígenas, os espanhóis levaram sete meses inteiros para conseguir a capitulação dos astecas. Tratou-se de um dos mais longos cercos continuados da história mundial.
Foram três os principais factores contribuintes para a vitória espanhola. Em primeiro lugar, os espanhóis possuíam tecnologia militar superior, incluindo armas de fogo, bestas, armas de ferro e aço e cavalos. Outros aliados dos espanhóis foram as várias doenças do Velho Mundo que haviam levado com eles (principalmente a varíola), para as quais os nativos não tinham qualquer imunidade e que acabariam por tornar-se pandémicas, dizimando uma grande parte da população nativa. Por último, os espanhóis conseguiram fazer seus aliados vários povos sob o domínio do Império Asteca que viam os espanhóis como o meio de se libertarem do poder asteca, destacando-se de entre eles os tlaxcaltecas.




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